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o trincaruvas acabou, cairam-se os dentes...
penso em comecar um novo mas ate' la' nao faz sentido deixar este aberto. obrigada aos leitores.
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THE END
11 May 2010
++++++++
You were wearing an orange dress and a blue coat.
You looked so beautiful that day - your long blonde curls floating in the air; your smile, fragile like the weather, and your red toe nails picking through the grass.
There will only be this photo remaining of that day.
Because I choose to forget.
++++++++
The spice bottles are still aligned on the edge of your old table.
It was there you kept your sorrows. And your loves.
Where did you went to live?
Or was it me that moved?
Or are you still here?
+++++++
You were wearing an orange dress and a blue coat.
You looked so beautiful that day - your long blonde curls floating in the air; your smile, fragile like the weather, and your red toe nails picking through the grass.
There will only be this photo remaining of that day.
Because I choose to forget.
++++++++
The spice bottles are still aligned on the edge of your old table.
It was there you kept your sorrows. And your loves.
Where did you went to live?
Or was it me that moved?
Or are you still here?
+++++++
10 May 2010
Making way between two forests
the one of the Poet, where everything is more beautiful
the one of the Present, where you understand everything.
Building a herbarium of my inside
every new page is a labour more painful than predicted
Careful work of the senses that makes no sense.
This is a craft I didnt choose.
This is me, the caligraphy of myself.
*******************
I am bigger than the universe. I want to be bigger than myself. I want to fight with other people and chew away their hearts. I want to lull our baby to sleep and hear you whisper a tune. I want to dissolve in water and flow far away from me and you. I want to be inside you. I love you. I will never leave. I want to be everything and everyone at the same time. I dont want to live. I want to be consumed like a match. I want to burn all night long.
I am big like a sphere I never end.
the one of the Poet, where everything is more beautiful
the one of the Present, where you understand everything.
Building a herbarium of my inside
every new page is a labour more painful than predicted
Careful work of the senses that makes no sense.
This is a craft I didnt choose.
This is me, the caligraphy of myself.
*******************
I am bigger than the universe. I want to be bigger than myself. I want to fight with other people and chew away their hearts. I want to lull our baby to sleep and hear you whisper a tune. I want to dissolve in water and flow far away from me and you. I want to be inside you. I love you. I will never leave. I want to be everything and everyone at the same time. I dont want to live. I want to be consumed like a match. I want to burn all night long.
I am big like a sphere I never end.
4 May 2010
as coisas complexas
são inimigas de Deus
torna-me pois simples
como os bois e os cavalos
que no abandono da névoa
das montanhas são almas
que cumprem
dolorosas promessas a santuários
que estão para além do mundo.
Carlos Saraiva Pinto, 2001
são inimigas de Deus
torna-me pois simples
como os bois e os cavalos
que no abandono da névoa
das montanhas são almas
que cumprem
dolorosas promessas a santuários
que estão para além do mundo.
Carlos Saraiva Pinto, 2001
Pastelaria
Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tantas maneiras de compor uma estante!
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é por ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria e, lá fora - ah, lá fora! - rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra.
Mario Cesariny, 1991
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tantas maneiras de compor uma estante!
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é por ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria e, lá fora - ah, lá fora! - rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra.
Mario Cesariny, 1991
noticias em forma de telegrama
esta frio de novo e eu sou teimosa. nao trouxe o meu casaco de inverno e agora estou a tremelicar. este tempo irrita-me.
vi earthless e monkey3, fatso jetson e karma to burn no roadburn 'a umas semanas atra's e daqui a umas horas vamos ver Grails em utrecht.
tenho uma nova assadeira de chouricos e uma finalmente uma cama.
comi bacalhau com natas e mousse de chocolate do andre e roti do alexis. fiz espetadinhas ananas e manga cobertas com chocolate que nao comi.
quase fiquei desempregada mas afinal nao.
escrevi o guiao para uma curta metragem que vamos filmar em junho e ensaiar em maio.
estamos a planear as ferias de verao na hungria e na servia e tambe'm o retorno ao festival dour e a organizar um mega picnic bash no flevopark.
fui a uma festa de daiquiris que tamb'em era um churrasco.
continuo tao apaixonada (ai).
estou a criar outro website/blog. entretanto este esta' mais abandonado. desculpem.
vi earthless e monkey3, fatso jetson e karma to burn no roadburn 'a umas semanas atra's e daqui a umas horas vamos ver Grails em utrecht.
tenho uma nova assadeira de chouricos e uma finalmente uma cama.
comi bacalhau com natas e mousse de chocolate do andre e roti do alexis. fiz espetadinhas ananas e manga cobertas com chocolate que nao comi.
quase fiquei desempregada mas afinal nao.
escrevi o guiao para uma curta metragem que vamos filmar em junho e ensaiar em maio.
estamos a planear as ferias de verao na hungria e na servia e tambe'm o retorno ao festival dour e a organizar um mega picnic bash no flevopark.
fui a uma festa de daiquiris que tamb'em era um churrasco.
continuo tao apaixonada (ai).
estou a criar outro website/blog. entretanto este esta' mais abandonado. desculpem.
31 March 2010
finalmente o frio foi-se embora e ja' nao preciso de usar o meu casaco de inverno.
ahhhh e os campos de papoilas e jacintos ao longo da linha de comboio (haarlem-haia) ja' comecaram a florescer!!!
yeeeeeeee!!!
ahhhh e os campos de papoilas e jacintos ao longo da linha de comboio (haarlem-haia) ja' comecaram a florescer!!!
yeeeeeeee!!!
15 March 2010
Que saudades da índia
nunca por mim viajada!
Que dor de a ter perdido algure
sem qualquer canto da casa
em qualquer sono profundo
em qualquer vala da estrada
em qualquer canto do mundo
em noite de encruzilhada!
Que mágoa de a ter esquecido
e de agora a lembrar!
Que peso de a ter perdido
num canto anónimo da terra
e de ter olhado os dedos
vazios e destroçados
e sentir todos os medos
novamente nesses dedos
d'Ela poder escapar!
Que desencanto num canto
nenhures a ter deixado!
índia do meu grande pranto
índia do meu sofrimento
que deixei em qualquer lado
como um pobre guarda-chuva
vilmente deixado onde
não há memória que esteja!
Índia da grande promessa
quem sabe lá se esquecida
no fundo duma gaveta
no quarto que abandonei
em não-sei-onde do planeta.
Ganges onde me banhei
templo em que meditei
oh Siva do meu transporte
volúpia acre dos medos
bebedeiras de euforia
espasmo de furor santo
meu júbilo de magna Morte!
Revolta de ter olvidado
as vezes que me cortei
os membros na primavera
para dá-los deslumbrado
a um deus silencioso
em quem tinha fé sincera.
Oh índia abandonada
tudo por culpa da minha
vida feliz e mesquinha
que não presta para nada!
Oh índia abandonada
no fundo duma gaveta
deste nosso planeta!
Herberto Helder
nunca por mim viajada!
Que dor de a ter perdido algure
sem qualquer canto da casa
em qualquer sono profundo
em qualquer vala da estrada
em qualquer canto do mundo
em noite de encruzilhada!
Que mágoa de a ter esquecido
e de agora a lembrar!
Que peso de a ter perdido
num canto anónimo da terra
e de ter olhado os dedos
vazios e destroçados
e sentir todos os medos
novamente nesses dedos
d'Ela poder escapar!
Que desencanto num canto
nenhures a ter deixado!
índia do meu grande pranto
índia do meu sofrimento
que deixei em qualquer lado
como um pobre guarda-chuva
vilmente deixado onde
não há memória que esteja!
Índia da grande promessa
quem sabe lá se esquecida
no fundo duma gaveta
no quarto que abandonei
em não-sei-onde do planeta.
Ganges onde me banhei
templo em que meditei
oh Siva do meu transporte
volúpia acre dos medos
bebedeiras de euforia
espasmo de furor santo
meu júbilo de magna Morte!
Revolta de ter olvidado
as vezes que me cortei
os membros na primavera
para dá-los deslumbrado
a um deus silencioso
em quem tinha fé sincera.
Oh índia abandonada
tudo por culpa da minha
vida feliz e mesquinha
que não presta para nada!
Oh índia abandonada
no fundo duma gaveta
deste nosso planeta!
Herberto Helder
25 February 2010
ontem comecei a ver por acaso o filme sobre a vida da Frida Kahlo, acho que nunca o tinha visto ate' ao fim. depois decidi ir tomar um duche e quando olhei para baixo vi os meus p'es, a unhas pintadas e o ralo.
a uns anos atras escolhi uma pintura de diego rivera para analisar e reproduzir e brincar um pouco numa cadeira em tomar. foi atraves dele que me embrenhei em frida. ja' me tinha esquecido um pouco desta pintora tao forte e acutilante.
19 February 2010
as eleicoes municipais estao a decorrer em todo o pais. aqui existem tambem partidos locais, partidos especificos a cada cidade o que eleva o numero de partidos para cerca de 15 para cada municipio. ontem descobri que existe um site em que se pode preencher um questionario e no fim indica qual o partido em que partilhas mais opinioes em comum. primeiro achei muito estranho, mas agora que penso que e' muito bom. na realidade ninguem tem tempo para ir ver os programas eleitorais de cada 15 partidos e pelo menos evita-se votar por caras, o que eleicoes municipais em portugal, e' sem du'vida o mais comum. interessante.
11 February 2010
Todas as quartas feiras tenho um curso obrigatorio no Arquivo: BASAR 2 - basis kennis archivistiek - conhecimento basico arquivistico. Fantastico que o arquivo promova estes cursos e o conteudo ate' e' bastante interessante para quem como eu trabalha num arquivo.
Na verdade e' uma grande seca, pior que Historia Medieval de Portugal I e II!
Na verdade e' uma grande seca, pior que Historia Medieval de Portugal I e II!
que delicia!
scott kelly
Antes do almo,co preciso de dizer que ontem fomos a um concerto de Scott Kelly aqui em Haia e por mais que uma vez sorri, engasgei-me, espantei-me, arrepiei-me com a voz e som deste gajo. e' preciso dizer que alem de no's deviam estar mais 20 pessoas o que tornou o concerto super inti'mo :) nao resisti e comprei esta serigrafia da banda que ele faz parte e no fim ate' fala'mos com ele e pedimos para assinar :) yeee
revisoes
tenho andado a rever algumas das minhas escritas. a remontar o puzzle de palavras. este foi o resultado.
*
TWO
He took everything he would miss and put it on top of the car: flowers; snails; dead leaves and some snakes. He tried to take my arm but I didnt let him. He looked at me, wondering why I wouldnt let go of my arm, and asked: Who are you? In silence I answered I am you and my voice said I've come to say goodbye.
*****
Within the violence of the room we fell asleep
and in the darkness of four walls we were others.
Not to break the glacé sugar of your skin
during the night I didn't touch you.
Your eyes lost all the colours
and your hands became red with strenght.
In the night our bodies were rivers
running towards the floor, empty and dry in ruin.
We woke up without water and without salt
to find out we can still cry.
*
e estas foram as traducoes (meio apressadas) que fiz
*
DOIS
Ele pegou em todas as coisas que iria sentir falta e po-las em cima do carro: flores, caracois, folhas mortas e algumas cobras. Tentou pegar no meu braco mas nao o deixei. Olhou para mim, intrigado porque nao o deixei levar o meu braco, e perguntou-me: Quem es tu? Em silencio respondi Eu sou tu e a minha voz disse Vim para dizer adeus.
****
Dentro da violencia do quarto adormecemos
e no escuro das quarto paredes fomos outros.
Para nao quebrar o acucar glace da tua pele
durante a noite nao te toquei.
Os teus olhos perderam todas as cores
e as tuas maos tornaram-se vermelhas em forca.
Na noite os nossos corpos foram rios
correndo para o chao, vazios e secos em ruina.
Acordamos sem agua e sem sal
para descobrir que ainda podemos chorar.
*
*
TWO
He took everything he would miss and put it on top of the car: flowers; snails; dead leaves and some snakes. He tried to take my arm but I didnt let him. He looked at me, wondering why I wouldnt let go of my arm, and asked: Who are you? In silence I answered I am you and my voice said I've come to say goodbye.
*****
Within the violence of the room we fell asleep
and in the darkness of four walls we were others.
Not to break the glacé sugar of your skin
during the night I didn't touch you.
Your eyes lost all the colours
and your hands became red with strenght.
In the night our bodies were rivers
running towards the floor, empty and dry in ruin.
We woke up without water and without salt
to find out we can still cry.
*
e estas foram as traducoes (meio apressadas) que fiz
*
DOIS
Ele pegou em todas as coisas que iria sentir falta e po-las em cima do carro: flores, caracois, folhas mortas e algumas cobras. Tentou pegar no meu braco mas nao o deixei. Olhou para mim, intrigado porque nao o deixei levar o meu braco, e perguntou-me: Quem es tu? Em silencio respondi Eu sou tu e a minha voz disse Vim para dizer adeus.
****
Dentro da violencia do quarto adormecemos
e no escuro das quarto paredes fomos outros.
Para nao quebrar o acucar glace da tua pele
durante a noite nao te toquei.
Os teus olhos perderam todas as cores
e as tuas maos tornaram-se vermelhas em forca.
Na noite os nossos corpos foram rios
correndo para o chao, vazios e secos em ruina.
Acordamos sem agua e sem sal
para descobrir que ainda podemos chorar.
*
neve
ja encontrei a maquina fotografica mas ainda nao tive tempo para fazer fotos da neve que por ca tem caido... fica uma antiga que encontrei pela web de uma das ruas principais de haarlem a uns aninhos atras.
ontem inspirada pelos campos nevados que vejo no caminho para o emprego escrevi este pequeno poema no comboio.
the white snow that covered your body didnt melt away with the sunrise
your body stood there and you didnt move
you didnt touch me you didnt hold me you didnt
please do.